16 de maio de 2012

Cultura de tecidos vegetais - o futuro da agricultura?

A biotecnologia aplicada às plantas tem contribuído de forma relevante para o sector produtivo na última década, através das pesquisas para a produção de plantas livres de vírus, permitindo a multiplicação de espécies de difícil propagação, e através do desenvolvimento de genótipos resistentes a perturbações bióticas (hormonais e genéticas) e abióticas (nutricionais, luminosas, de temperatura, etc.) por meio da engenharia genética. A cultura de tecidos vegetais baseia-se na teoria da totipotência celular na qual os seres vivos têm a capacidade de regenerar organismos inteiros, idênticos ao doador, sendo uma ferramenta com alto potencial de aplicação no melhoramento vegetal. Neste método, pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados explantes, são isolados de um organismo vegetal, desinfestados e cultivados assepticamente por períodos indefinidos num meio de cultura apropriado. O objectivo é obter uma nova planta, idêntica à original, ou seja, cloná-la. Uma das maiores vantagens da propagação clonal é a possibilidade de se explorar a variância genética total, no entanto, apesar dos benefícios agrícolas, a produção em larga escala de apenas um genótipo ou de poucos genótipos de origem comum pode tornar todas as plantas igualmente vulneráveis a pragas e doenças.

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